Ampliação de recursos para alimentação escolar abre oportunidades de mercado para agricultores

Ampliação de recursos para alimentação escolar abre oportunidades de mercado para agricultores

O ano letivo de 2025 da rede estadual de ensino promete um cenário ainda mais favorável para os empreendimentos da agricultura familiar na Bahia. Além dos materiais escolares e uniformes, a alimentação dos estudantes é uma das principais prioridades, com um cardápio nutritivo e diversificado, reforçado por produtos da agricultura familiar baiana.

Neste ano, o Governo do Estado destina R$ 510 milhões para a alimentação escolar da rede estadual de ensino. Assim, cria novas oportunidades de mercado para associações e cooperativas que desejam fornecer alimentos saudáveis para as unidades escolares.

Foto: Rafael Barreto/Ascom CAR

Para fortalecer a conexão entre a produção rural e a alimentação escolar, a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) tem trabalhado diretamente com empreendimentos da agricultura familiar, garantindo que agricultores e agricultoras familiares possam acessar esse mercado. Nesta quinta-feira (30), foi realizada uma reunião com os(as) agentes de comercialização contratados(as) pela CAR, por meio de convênio com os consórcios públicos intermunicipais, para alinhar estratégias que ampliem a participação da agricultura familiar no fornecimento de alimentos para as escolas baianas.

Alimentação Escolar e Agricultura Familiar

A secretária da Educação da Bahia, Rowenna Brito, destacou o impacto desse investimento durante o Podcast Agricultura Familiar, transmitido, nesta semana, pelo YouTube da CAR: “esses recursos garantem não apenas refeições nutritivas, mas também valorizam o trabalho dos agricultores familiares, fomentando a economia rural e a segurança alimentar. Queremos ampliar ainda mais essa relação em 2025”.

O impacto desse investimento é significativo: 30 milhões de refeições são servidas, mensalmente, em 1.754 unidades escolares da rede estadual, incluindo anexos e Escolas Famílias Agrícolas (EFA), proporcionando nutrição e desenvolvimento para milhares de estudantes.

Foto: Rafael Barreto/Ascom CAR

O Governo do Estado, por meio da CAR, tem impulsionado a inclusão de produtos da agricultura familiar na alimentação escolar, a exemplo do flocão de milho não transgênico, mingau, beiju, biscoitos, broa de milho, aipim, sucos, achocolatado em pó e carne de caprino, todos produzidos em agroindústrias construídas e requalificadas pela CAR. Isso fortalece a economia rural e garantindo uma alimentação mais saudável para os estudantes.

Foto: Rafael Barreto/Ascom CAR

O diretor-presidente da CAR, Jeandro Ribeiro, destacou a relevância desse investimento: “em 2024, ultrapassamos os R$ 100 milhões em produtos da agricultura familiar na alimentação escolar. Isso não significa apenas garantir refeições nutritivas, mas também fortalecer os agricultores e agricultoras, além de levar desenvolvimento para o campo”.

Em 2024, o investimento em alimentação escolar foi expressivo, foram R$ 445 milhões destinados para garantir refeições nutritivas aos estudantes. Desse total, R$ 345 milhões vieram do orçamento estadual, e R$ 100 milhões, do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

Expectativa de crescimento para 2025

Com o aumento do investimento na alimentação escolar, cooperativas e associações estão animadas com as novas oportunidades de mercado. A presidente da Copirecê, Zene Vieira, destaca o potencial de crescimento para este ano: “queremos expandir o atendimento ao PNAE em 2025 para escolas estaduais que ainda não conseguimos atender em 2024. Hoje, conseguimos atender mais de 12 municípios no território Irecê, além de escolas na Região Metropolitana de Salvador, Chapada Diamantina, Piemonte, Baixo Sul e Paulo Afonso.”

Zene reforça que o PNAE se tornou uma das principais estratégias de mercado para a Copirecê: “atuamos em rede e nossos parceiros retiram os produtos na nossa agroindústria e conseguem entregar em escolas onde, sozinhos, não teríamos logística para atender. Em 2024, fornecemos, aproximadamente, 300 toneladas de flocão de milho não transgênico para escolas estaduais e municipais, mas esse número ainda é pequeno diante da demanda crescente. O PNAE é a política pública que queremos acessar e ampliar, garantindo que todas as escolas baianas tenham acesso a um alimento saudável, produzido pela agricultura familiar e que rende mais”.

Fonte: Ascom/CAR

Roberto Santos

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