II Encontro Uruçu na Cabruca promove o fortalecimento da meliponicultura no Sul da Bahia

O 2° Encontro Uruçu na Cabruca reuniu meliponicultores, agricultores, familiares e estudiosos em meliponicultura no IF Baiano – Campus Uruçuca, com uma programação que busca promover o diálogo de saberes e experiências sobre a criação racional de abelhas sem ferrão e seus benefícios socioambientais.
O encontro faz parte do projeto Uruçu na Cabruca, que fomenta a prática da meliponicultura no contexto da agricultura familiar no Sul da Bahia, região historicamente conhecida pelo cultivo de cacau no sistema cabruca, sob a sombra de árvores nativas da Mata Atlântica. É assim que a cabruca e a meliponicultura somam forças na proteção da agrobiodiversidade, na preservação da abelha nativa Melipona mondury e no fortalecimento de comunidades rurais. Desde 2019, quando o projeto foi iniciado, 120 famílias já foram alcançadas em cinco municípios baianos – Camamu, Ibirapitanga, Ilhéus, Itacaré e Uruçuca.
O projeto é realizado em parceria pela Tabôa Fortalecimento Comunitário e pelo IF Baiano – Campus Uruçuca. E conta com os apoios do Ministério Público do Estado da Bahia, que também participou de sua concepção, e do Instituto humanize.
A meliponicultura é uma atividade que tem crescido no Brasil e possui grande potencial de mercado. E há ainda o valor ambiental das abelhas, que desempenham funções essenciais na proteção e restauração de ecossistemas locais, com a polinização de plantas nativas e cultivares agrícolas. Por isso mesmo, é uma atividade que contribui não só para a sustentabilidade ambiental, mas também socioeconômica das populações envolvidas
