ITAPITANGA: DENÚNCIA DE FRAUDE EM LICITAÇÃO DE MERENDA ESCOLAR VIRA CASO DE POLÍCIA
ITAPITANGA: DENÚNCIA DE FRAUDE EM LICITAÇÃO DE MERENDA ESCOLAR VIRA CASO DE POLÍCIA
A Prefeitura de Itapitanga aparece como citada em queixa-crime apresentada pelo trabalhador rural Marcos Carvalho da Cruz, semi-analfabeto, em boletim de ocorrência (B.O.) de número 00542956/2024, feito na 6ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (COORPIN, Polícia Civil de Itabuna), em que faz graves acusações de ter tido o seu nome e o número do seu CPF utilizados sem o seu consentimento em crime de fraude em pelo menos uma licitação, tendo como objeto fornecimento de merenda escolar para 12 escolas daquele município.
Marcos Carvalho aponta que jamais poderia ter participado de uma licitação, pois não é dono, representante ou sócio de nenhuma empresa. Sequer sabia do uso do seu nome em aberturas de contas.
Como tudo começou
Ele explica no boletim de ocorrência que todo esse imbróglio teve início quando foi convidado, há dez anos, por uma mulher conhecida como Diana Santos da Silva para trabalhar numa barraca de feira, em Itapitanga. Até então, ele (Marcos Carvalho), trabalhava nessa mesma feira como carregador de mercadorias (“carreto”). Depois de um tempo trabalhando na barraca da feira da senhora Diana, foi realocado para atuar juntamente com o marido dela, o senhor Willian Oliveira Santos (conhecido como “Gói”), na verduraria que os dois mantinham na mesma cidade.
Para tanto, e especialmente para respaldar a relação empregatícia que se estabeleceria entre o senhor Marcos e o casal, Marcos foi convidado a se dirigir até uma agência do Banco do Brasil para abrir uma conta poupança.
E foi justamente aí que começaram as inconsistências da promessa de emprego até então feita pelo casal: o cartão da conta, segundo relatou o próprio Marcos, nunca lhe foi entregue em mãos. Recebia os seus proventos em cash e, por esse mesmo motivo, até esqueceu da existência dessa conta.
No ano passado, porém, Marcos percebeu que o seu nome constava em processo licitatório de merenda escolar, com uso de verbas do Governo Federal, contratado pela Prefeitura de Itapitanga, ratificado que, em seu nome, constava contrato para fornecimento de gêneros de alimentação escolar para 12 unidades escolares.No B.O.
Marcos diz que nunca assinou quaisquer documentos e que, por conseguinte, fez uma busca ampliada do uso que se fez do número do seu CPF. Verificou que várias outras contas bancárias, em diversos bancos, foram abertas, todas sem o seu consentimento e sem sua presença, categorizando o uso do seu nome e do seu CPF como “laranja” para cometimento de crime de fraude e transferência de valores.
Às autoridades policiais, apresentou diversos comprovantes com quantias vultosas recebidas e enviadas para conta em nome da Diana Santos da Silva.
Destacados os princípios editoriais do Grupo iPolítica de Comunicação, quais sejam tratar os fatos com imparcialidade, isonomia e direito ao contraditório, todos os espaços estão abertos para que os envolvidos, especialmente a Prefeitura de Itapitanga, possam se pronunciar.